Colaboraram ativamente nos trabalhos de campo e/ou laboratório, o biólogo Ulysses Carvalho Barbosa, o estudante de biologia Sr. Orlando dos Santos Silva, o Sr. Eliseu Lima Junior, que agora também assinam o trabalho.
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PARÂMETROS FÍSICO-QUÍMICOS E FAUNA AQUÁTICA
ASSOCIADA AOS CRIADOUROS DE SIMULÍDEOS (DIPTERA: SIMULIIDAE) EM XITEI/XIDEA
(TERRA INDÍGENA YANOMAMI), RORAIMA- BRASIL.
Vela Peña, G1.; Py-Daniel,V.2*;
Barbosa, U.C2.; Silva, O.S2. & Junior, E.L2**
_______________________________
1 – Na época Bolsista do CNPq-DTI (INPA); 2
(INPA/CPCS/LETEP [* - Atualmente associado a UnB/ICB/DZ/LEF; ** - Atualmente no
Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE/CRH/DGP)]
Palavras
Chaves: Simuliidae, fauna associada, parâmetros fisico-químicos, Xitei/Xidea,
Yanomami, Roraima, Brasil.
RESUMO
Foram estudados parâmetros físico-químicos e a fauna
associada a criadouros de simulídeos (Diptera, Simuliidae), em seis cursos d´água
(Hara-ú, Capixara-ú, Kunemari, Thirei-ú,
Watatas/Parima, Kurrucimabi) localizados na Terra Indígena Yanomami, Pólo
Base de Saúde Xitei/Xidea, Roraima. Os dados obtidos demonstraram que mesmo
sendo habitadas, pelos Yanomami, as margens destes cursos d´água, os mesmos
apresentaram características de não alteração ambiental. Quanto a fauna, foram
coletadas 12 ordens e 48 famílias.
INTRODUÇÃO
O território Yanomami abrange uma área de
aproximadamente 192.000 km2 (Brasil e Venezuela), onde vivem cerca
de 22.000 pessoas (Albert, 1987). No lado brasileiro, na região oeste do Estado
de Roraima e norte de Estado do Amazonas, é estimado em torno de 10.000
Yanomami, em quase 200 comunidades, espalhados em uma área contínua de
90.400.00 ha. O Pólo Base de Saúde de Xitei/Xidea, onde foi desenvolvido este
trabalho, tem 20 comunidades com uma população de 672 habitantes (MS-FNS).
A oncocercose é uma doença produzida pela filaria Onchocerca
volvulus (Leuckart, 1893) (Nematoda, Onchocercidae). As microfilárias
se localizam no tecido subcutâneo produzindo dermatite e invasão do globo
ocular, podendo ocasionar graves alterações da retina, que conduzem freqüentemente
à cegueira (Rey, 1991). Esta doença foi registrada no Brasil nos anos 60
(Bearzoti et al., 1967). Nos últimos
anos foram detectados focos da doença nos Estados de Roraima e Amazonas, entre
os Yanomami e Ye´kuana (Moraes & Dias, 1972; Moraes & Chaves, 1974a,b;
e Moraes et. al., 1976).
Devido ao grande perigo de outras áreas serem
atingidas, é necessário que se conheçam os parâmetros que permitem assumir uma
forma endêmica na Terra Indígena Yanomami e Ye´kuana, para assim serem
possíveis aplicar medidas de controle da doença. As informações obtidas nas
áreas de parasitologia, entomologia e oftalmologia revelaram áreas
hiperendêmicas de oncocercose, como Xitei/Xidea (97%), Homoxi (88,7%), Tucuxim
(85,3%), Surucucus (80,6%) e Toototobi (68,9%) (Py-Daniel, 1997).
Uma das maneiras de contribuir com as medidas que
facilitem o controle, é ter conhecimento da bioecologia dos vetores, neste
caso, os dípteros da família Simuliidae (piuns / borrachudos), principalmente
nas fases imaturas, que são encontrados em cursos d´água. A importância destes
insetos, como vetores de doenças ao homem e aos outros animais é conhecida,
sendo que isto acontece através da transmissão de protozoários, vírus, e
filarias. Por outro lado, algumas espécies de simulídeos perturbam com suas
picaduras que podem chegar a produzir reações alérgicas (Coscarón et al., 1996). Pelo que se sabe, o
principal vetor envolvido na transmissão da oncocercose na África é o Edwardsellum
damnosum (= Simulium damnosum), na Guatemala o Ectemnaspis ochracea (= Simulium
ochraceum), na Venezuela o Aspathia metallica (= Simulium
metallicum), na Colômbia e Equador o Notolepria exiguua (= Simulium
exiguum), no Maciço das Guianas, Venezuela e Brasil, o Thyrsopelma
guianense (= Simulium guianense), e nas terras
baixas das bacias dos rios Amazonas e Orinoco, o Cerqueirellum oyapockense
(= Simulium
oyapockense) (Rey, 1991).
A partir de 1993, no Brasil, diversos projetos
interdisciplinares vem sendo desenvolvidos na Terra Indígena Yanomami. A FNS
(Fundação Nacional de Saúde, na época) iniciou atividades epidemiológicas nesta
área, como também o INPA (Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia), com um
projeto específico – Endemias Focais da Amazônia do Hemisfério Norte, junto ao
Programa de Controle da Oncocercose do Ministério da Saúde, o qual faz parte do
Programa de Eliminação da Oncocercose nas Américas, que envolve seis países
(México, Guatemala, Equador, Colômbia, Venezuela e Brasil).
Atualmente em alguns Pólos Base de Saúde, na Terra
Indígena Yanomami, está sendo administrado o remédio Ivermectina (Mectizan), em
um tratamento previsto para 12 anos, no sentido de eliminar a doença (CCPY,
1995). A outra forma de controle da doença, ao nível mundial, consiste em
tentar evitar a transmissão através do combate aos vetores (Anônimo, 1976). A
maioria dos trabalhos já realizados, esta abrange a taxonomia, biologia e
controle químico deste grupo. Os vetores são pouco conhecidos, apesar dos
muitos trabalhos realizados em diferentes países. Além de outras espécies encontradas em toda a Terra Indígena
Yanomami, especificamente, na área de Xitei/Xidea, são encontradas as seguintes
espécies antropófilas: Thyrsopelma guianense, Notolepria
exiguua, Psaroniocompsa incrustata, Cerqueirellum oyapockense e Ectemnaspis
bipunctata (Py-Daniel, 1997), sendo que esta ultima aparentemente não
apresenta importância epidemiológica, por apresentar baixa densidade de picada
no ser humano (Shelley, 1997).
Como parte importante dos estudos que estão sendo
realizados, obter o conhecimento dos habitats dos vetores nas formas imaturas
(larvas/pupas) e a relação com a fauna e flora aquáticas associadas aos
criadouros, para que resultem informações que tornem viáveis métodos de
controle, epidemiologia e na própria dinâmica da transmissão são de fundamental
necessidade (Dellome Filho, 1991; Hamada, 1993; Andrade & Py-Daniel, 1995).
As informações que se tem sobre os criadouros das espécies de simulideos são as
de Dellome Filho (1978 e 1983), as de Hamada (1988 e 1989) que abordam aspectos
ecológicos dos criadouros, e as de controle natural por predação (Gorayeb 1978
e 1981). Na África o estudo dos fatores físico-químicos dos corpos d´água
permitiu estabelecer diferentes grupos e habitats com base nas espécies do
complexo Edwardsellum damnosum (= Simulium damnosum) (Grunewald,
1976).
A análise das características ecológicas dos
habitats aonde se encontra uma espécie, pode ser útil para ver uma futura
distribuição de espécies (prejudiciais) em locais onde estavam ausentes antes e
aonde eventualmente, pode dispersar-se, pelas mudanças ambientais de origens
antropogênicas, entre elas, a ampliação ou modificação, segundo Drake (1989) apud Coscarón et al. (1996).
São necessários, então, estudos sobre os elementos
que influenciam na transmissão, entre eles a ação do ser humano, pois estes
fatores podem ter efeitos sobre a dinâmica das populações dos vetores
(Narbaiza, 1987). Segundo Coscarón et al.
(1996) a comparação entre os caracteres ecológicos e as áreas de endemismo de
espécies de Simulium mostram uma grande concordância.
Alguns trabalhos realizados na Amazônia tratam sobre
a fauna associada aos estágios imaturos dos simulídeos, entre eles o de
Magni-Darwich et al. (1993) que
encontrou uma maior representatividade dos Tricópteros e Odonatos em,
criadouros de igarapés perturbados sobre a densidade e diversidade da
entomofauna.
Assim, a proposta deste trabalho foi conhecer a
bioecologia de populações de T. guianense e a caracterização dos
criadouros nos diferentes cursos de água da área denominada Xitei/Xidea (Polo
Base de Saúde), em Roraima, na Terra Indígena Yanomami, onde a prevalência da
doença oncocercose, foi detectada como sendo 97,9%.
OBJETIVO GERAL
Avaliar
aspectos físico-químicos dos cursos de água considerados habitats da fase
imatura de diferentes espécies da família Simuliidae (Diptera), caracterizando
a fauna associada aos criadouros, assim como também estudar a possível relação
trófica entre os elementos faunísticos.
OBJETIVOS
ESPECÍFICOS
a. Coleta
de fauna, substrato vegetal e água dos diferentes cursos de água a serem
avaliados para as respectivas análises.
b. Caracterizar
os diferentes ambientes aquáticos onde sejam encontrados os criadouros de
simulídeos, quanto as suas condições abióticas e verificar se existem
diferenças na composição da fauna.
c. Identificar a fauna dos criadouros para
determinar a estrutura da comunidade e os grupos mais representativos
associados aos simulideos.
MATERIAL
E MÉTODOS
Área
de coleta
A pesquisa foi desenvolvida na Terra Indígena
Yanomami, na região montanhosa (altitude variando entre 750 e 1.200 mts.) do
Escudo das Guianas, no Pólo Base de Saúde Xitei/Xidea (a sede do Pólo fica a 02o36´25”
N / 063o52´18” O). Esta área está situada na Serra do Parima, com
uma distância linear de 350 km de Boa Vista, capital de Roraima, Brasil
(Figura. 1).
Figura
1. Localização do Pólo Base de Saúde Xitei/Xidea no rio Parima, Roraima (seg.
Milliken & Albert, 1997).
A orografia desta região é, em geral, bastante
evidente. A cobertura vegetal caracteriza-se por densa floresta equatorial
úmida. Esta floresta ombrófila de montanha corresponde à cobertura vegetal
predominante a noroeste do Estado de Roraima, nas regiões das Serras Parima
(Silva, 1997).
O clima da Serra Parima é do tipo Monção
caracterizado por altas chuvas de 8 à 10 meses e poucas chuvas, ao inicio do
ano. Geralmente de E para NE na estação seca e de S para SE (convergência
intertropical) para o resto do ano (Shelley et
al., 1997). A região dos altos relevos (norte e nordeste) possui elevado
índice de precipitação anual, a média está próxima dos 2.000 mm/ano, com pouca
variação ao longo do ano (Barbosa, 1997). O clima é tipicamente dividido em
estação chuvosa e seca (inverno e verão).
Quanto aos igarapés e rios estudados, todos são
afluentes do rio Watatas ou Parima que é importante curso de água da área, que
junto com o rio Auaris, formam o Rio Uraricoera. Estes corpos de água são de
terra firme, portanto cobertos pela floresta, o sedimento do fundo, em geral, é
areia, pedra e lodo, com áreas cobertas de folhiço e galhos. Os locais de
coleta foram escolhidos quando eram encontrados os criadouros dos simulideos.
Métodos
As coletas da fauna dos criadouros, nos diferentes
cursos d´água foram obtidas, dependendo
do tipo de substrato, com a ajuda de rapiché ou raspagem ou lavagem do
substrato. A fauna coletada foi acondicionada em vidros com álcool a 70%. Para
esta fase do projeto, o material coletado foi triado, quantificado e
identificado, em geral, ao nível de família. Posteriormente, será feita a
identificação até o menor nível de abrangência possível e a análise do conteúdo
estomacal da fauna associada aos simulídeos. O material bibliográfico usado na
identificação da fauna foi de Bertrand (1972), Needham & Needham (1978),
McCafferty (1981), Roldán (1988) e Merrit & Cummins (1996).
As determinações limnológicas “in loco” de alguns
parâmetros como temperatura, pH, oxigênio dissolvido e condutividade elétrica
foram realizadas com a ajuda de aparelhos específicos. O trabalho de campo
incluiu coleta de água para análise posterior nos laboratórios do INPA, de
alguns nutrientes como: silício, fosfato, ferro dissolvido e total, nitrogênio
amoniacal, nitrogênio de nitrato e nitrito, principais íons como cálcio,
magnésio, sódio, potássio e cloretos.
Para as análises físico-químicas das águas, foram
consideradas as recomendações do Programa Biológico Internacional
(International Biological Program – IBP) Golterman & Clymo (1971),
Strickland & Parsons (1972), Golterman et
al. (1978) e Mackreth et al.
(1978).
Também foi coletado material vegetal que serve
de substrato para a fauna.
RESULTADOS
E DISCUSSÃO
As coletas intensivas forma iniciadas em abril e a
última foi em dezembro de 1997. Shelley et
al. (1977), consideram o mês de maio como estação chuvosa e dezembro como
estação de seca. Em total foram realizadas seis coletas programadas, mesmo não
ocorrendo na intensidade e datas programadas.
As atividades programadas para a primeira fase do
estudo também foram concluídas, faltando ainda a identificação mais detalhada
da fauna e da vegetação usada como substrato pelos simulideos. Falta ainda a
análise do conteúdo estomacal da fauna associada aos criadouros para determinar
os predadores naturais.
Vale ressaltar que os criadouros de Thyrsopelma
guianense não foram trabalhados, mas se pretende desenvolver coletas em
outros locais ainda não amostrados. Sendo esta espécie a principal vetora da Onchocerca volvulus, nesta área, como também a mais abundante, sendo assim urgente trabalhar
nos seus criadouros.
Caracterização
dos criadouros
A endemia oncocercose ocorre em focos situados em
torno a criadouros de simulideos e a distribuição destes é determinada pela
hidrografia característica da região. Porém, os corpos de água, em que se criam
os imaturos, são variados, indo dos grandes rios aos pequenos riachos, o que
deve estar em relação com as exigências diferentes das várias espécies (Rey,
1991).
O Hara-ú
(na língua Yanomami), chamado também de Igarapé das Irmãs, é um ambiente lótico
de pequeno porte, de águas transparentes, o leito com areia, pedras e pouco
folhiço, e na maior parte sombreado. No local de coletas, a largura do igarapé
tem de 110 a 250 cm e profundidade de 0,10 a 0,63 cm (Figura 2).
Figura 2. Características do Hara-ú (Igarapé das Irmãs)
O Capixara-ú, ou igarapé da FUNAI, é de
águas transparentes, com sedimento de areia, argila e limo fino. O local das
coletas tem largura de aproximadamente 180 a 300 cm e profundidade de 0,20 a
0,45 cm (Figura 3).
Figura 3. Características do Capixara-ú (Igarapé da FUNAI).
O
rio Kunemari é também de águas
transparentes, com sedimento de areia, limo e pequenas pedras. A largura varia
de 400 a 670 cm e a profundidade de 0,20 a 0,60 cm (Figura 4).
Figura 4. Característica do rio Kunemari.
O
rio Kurrucimabi fica mais afastado da
sede do Pólo Base, é um igarapé pequeno e raso. Neste local encontramos um
grande criadouro de Hemicnetha rubrithorax, espécie de simuilideos que não foi
encontrada nos outros criadouros.
Já
o Thirei-ú é de maior porte que os
descritos acima, com maior quantidade de folhiço, sedimento com areia, pedras e
limo. A largura é de 7,5 a 22,70 m, com profundidade de 0,10 a 0,60 cm. Têm
trechos com bastante correnteza (Figura 5).
Figura 5. Características do rio Thirei-ú.
O
rio Watatas ou Parima é o maior rio
da área, sendo o centro da bacia hidrográfica na região. O sedimento do leito
também é variado, trechos com areia e pedras pequenas e muito grandes, com limo
fino e áreas com correnteza. A largura máxima nos locais de coleta foi de 50
metros e o mínimo de 300 cm, já a profundidade máxima não foi possível
determinar neste local, a mínima foi de 0,20 cm (Figura 6).
Figura 6. Características do rio Watatas ou Parima.
A altitude e a presença de rios encachoeirados
constituem fatores que influem bastante na distribuição dos transmissores
(Moraes & Fraiha Neto, 1976).
Nas tabelas 1, 2, 3 mostramos os dados
limnológicos dos locais estudados. A temperatura ambiental foi determinada
sempre pela manhã, quando eram realizadas as coletas, sendo que variou entre 23oC
à 31,2oC.
Tabela
1. – Dados Limnológicos dos diferentes corpos de água (abril de 1997).
Tabela
2. – Dados Limnológicos dos diferentes corpos de água (agosto de 1997).
Tabela
3. – Dados Limnológicos dos diferentes corpos de água (dezembro de 1997).
Quanto as características físico-químicas da água
foi registrada uma temperatura máxima de 23,7oC, no Igarapé da FUNAI
e uma mínima de 19,2oC no rio Thirei-ú.
Estes ambientes são de águas transparentes, entretanto, os menores valores de
turbidez foram no Igarapé da FUNAI (1,6 FDU) e rio Kunemari (1,8 FDU).
O oxigênio dissolvido variou de 3,6 mg/l no rio Thirei-ú à 8,5 mg/l no rio Kunemari, mas a média nos corpos de água
estudados foi de 6,2 mg/l, também Alencar (1993) encontrou valores semelhantes
em igarapés de terra firme localizados na Amazônia Central (Reserva Ducke).
Estes corpos de água são de ligeiramente
alcalinos à alcalinos, o valor mínimo de pH foi determinado no Igarapé das
Irmãs (6,6) e o máximo no Igarapé da FUNAI (7,2).
Segundo Sioli (1976), as
águas claras provenientes dos sedimentos do Terciário na Amazônia Central são
os mais pobres e ácidos dos que se originam nos Escudos do Brasil Central e da
Guiana, onde estariam enquadrados estes ambientes deste estudo. Já o valor
mínimo da dureza foi de 1,958 mg/l no Igarapé das Irmãs e o máximo de 25,321
mg/l, no rio Thirei-ú.
Quanto a condutividade elétrica, o mínimo valor
registrado foi de 10 mS/m2 no Igarapé das Irmãs, de
forma estável, e o máximo de 60 mS/m2 nos
rios Thirei-ú e Kunemari.
Os macronutrientes foram relativamente altos quando
comparados aos igarapés da Amazônia Central. O nitrogênio amoniacal foi de
0,043 mg/l no Igarapé da FUNAI e 0,272 mg/l no Igarapé das Irmãs. Na coleta do
mês de agosto/97, o nitrato esteve abaixo do limite do método ( < 0,003 ),
em todos os locais de coleta (Parima,
Thirei-ú, Funai, Kunemari, Irmãs e Kurrucimabi).
Já o nitrito não foi detectado nos locais, evidenciando serem ambientes não
poluídos. Este seria um fator positivo para um bom desenvolvimento dos
simulídeos nestes ambientes, pois existe a possibilidade de que a poluição da
água possa reduzir as populações deste grupo (Travis et al., 1979 e Grunewald, 1976).
O valor mínimo do fosfato foi de 0,003 mg/l no Rio Parima e FUNAI, e o máximo foi de 0,023
mg/l no Igarapé das Irmãs. Os valores de silício foram altos, o mínimo de 1,68
mg/l no Igarapé das Irmãs e o máximo de 4,89 mg/l no Rio Thirei-ú.
A composição iônica ou micronutrientes dos corpos de
água determinados foram, de Fe total
e dissolvido, sendo que este último não foi detectado pelo método usado. Já o
ferro total foi menor no Igarapé das Irmãs (0,04 mg/l) e o máximo no Rio Thirei-ú (0,83 mg/l). A concentração
mínima de cálcio foi de 0,737 mg/l no Rio Parima
e o máximo de 5,707 mg/l no Rio Kunemari.
O magnésio foi menor no Igarapé das Irmãs (0,097 mg/l) e o máximo no Rio Thirei-ú (2,323 mg/l). Dos cloretos, o
mínimo foi de 0,426 mg/l no Igarapé das Irmãs e o máximo de 1,207 mg/l no Rio Thirei-ú. Quanto ao sódio, o mínimo foi
de 1,1 mg/l no Igarapé das Irmãs e o máximo de 3,6 mg/l no Igarapé da FUNAI. Já
o potássio foi mais baixo no Igarapé das Irmãs (0,6 mg/l) e o mais alto no Rio Thirei-ú (245 mg/l).
Os corpos de água analisados neste estudo, têm
maiores concentrações de nutrientes, em geral, são alcalinos e têm melhor
composição iônica do que os igarapés e rios de terra firme do Estado do
Amazonas, como o rio Preto da Eva, Igarapés da estrada Manaus-Caracaraí, da
bacia do rio Parauari-Maués Açú, da área da Reserva Ducke, do Irarapé
Tarumã-Mirim. Estes Ecossistemas são muito deficientes em nutrientes e tem
baixo pH (Santos et al., 1971;
Schmidt, 1972; Bringel et al., 1984;
Magni-Darwich et al., 1993; Alencar,
1993; Walker, 1995). Isto é considerado como típico para a maior parte dos
ambientes da bacia do Amazonas porque refletem as condições de solo (Klinge
& Ohle, 1964; Fittkau, 1964 e 1967).
Porém, algumas variáveis aqui analisadas são
semelhantes aos encontradas em afluentes do Rio Negro, isto porque esta região
é fertilizada por áreas inundáveis, pelo desmatamento e queimadas (Santos et al., 1984). Também os nossos dados
são comparáveis aos do Rio Castanho (AM), isto devido a sua origem em formações
ricas em calcário (Grupo Cuiabá, Jangada e Alto Paraguai) que são mais ricos em
eletrólitos (Junk & Furch, 1980). As condições hidroquímicas dos corpos de
água refletem às condições dos solos que drenam, provavelmente, na região do
nosso estudo, afloram algumas rochas carbonatadas, por isto apresentaram teores
mais elevados de nutrientes.
Particularidades petrográficas locais, podem
provocar, especialmente em pequenos igarapés, diferenças significativas nas
concentrações de eletrólitos em suas águas (Junk & Furch, 1980).
Estes corpos de água oferecem condições para os
simulideos e outros organismos se desenvolverem, alimentar e reproduzir. Porém,
os organismos são influenciados por fatores como as variações hidrológicas, o
pH, os predadores, competidores e parasitas, etc.
Por exemplo, as fêmeas de Ectemnaspis rototaense
(publicado por Gorayeb, 1981, como Simulium fulvinotum), colocam os
seus ovos em folhas, gravetos, pedras, troncos ou outros garranchos presos na
correnteza, na superfície, principalmente em trechos de maior correnteza. A
atividade de postura é estimulada após maiores temperaturas do ambiente e
quando começa a queda da luminosidade. Também a temperatura influi na duração
do desenvolvimento larvário (Rey, 1991).
Composição
da fauna
Em igarapés que correm na sombra da floresta densa,
não há praticamente nenhuma produção primária. Apesar disso existem muitos
animais que vivem nesses ambientes. Alimentação desta fauna é alóctone: flores,
folhas, frutos e todo o detrito da mata circundante que caem dentro dos corpos
de água, seja, eles decompostos ou não são aproveitados pelos animais, que por
sua vez servem de alimento para outros animais (Köppel, 1970).
Da fauna coletada nos criadouros foram identificadas
48 famílias (Tabela 10.) pertencentes as
classes Insecta, Crustacea, Gastropoda e Pisces que estão incluídas nos filos
Arthropoda,. Mollusca e Chordata. Quanto aos insetos, as ordens mais
representativas foram Ephemeroptera, Odonata, Trichoptera, Coleoptera e Diptera
(Tabelas 4a-b, 5a-b, 6a-b, 7a-b, 8a-b e 9a-9b).
(4a)
(4b)
Tabelas
4a e 4b – Composição e abundância da fauna coletada nos criadouros do Igarapé
das Irmãs, do Pólo Xitei/Xidea, em 1997.
(5a)
(5b)
Tabelas
5a e 5b - Composição e abundância da fauna coletada nos criadouros do rio Thirei-ú, do Pólo Xitei/Xidea, em 1997.
(6a)
(6b)
Tabelas
6a e 6b - Composição e abundância da fauna coletada nos criadouros do Igarapé
da FUNAI, do Pólo Xitei/Xidea, em 1997.
(7a)
(7b)
Tabelas 7a e 7b - Composição e abundância da fauna
coletada nos criadouros do rio Parima /
Watatas, do Pólo Xitei/Xidea, em 1997.
(8a)
(8b)
Tabelas 8a e 8b - Composição e abundância da fauna
coletada nos criadouros do rio Kunemari,
do Pólo Xitei/Xidea, em 1997.
(9a)
(9b)
Tabelas
9a e 9b - Composição e abundância da fauna coletada nos criadouros do rio Kunemari, do Pólo Xitei/Xidea, em 1997.
Tabela 10. Número de famílias encontradas em cada
curso d´água estudado.
Os
dípteros foram o grupo mais freqüente nos diversos locais amostrados, seguido
dos tricópteros em algumas locais, os odonatos e os coleópteros (Figuras 7 e
8).
Figura
7. Freqüência relativa da fauna nos igarapés das Irmãs, FUNAI e rio Parima.
Figura
8. Freqüência relativa da fauna nos rios Thirei-ú,
Kunemari e Kurrucimabi.
No
Igarapé das Irmãs, o número de famílias foi maior do que nos outros corpos de
água, já o número de indivíduos foi semelhante, considerando os níveis baixos
de nutrientes, pH e condutividade elétrica, quando comparados aos outros
ambientes estudados. Entretanto, o oxigênio dissolvido
do Igarapé das Irmãs foi relativamente mais alto em todas as coletas, uma
explicação para isto poderia ser devido ao processo de estabilização que a
fauna bentônica precisa, que estaria pela sua vez, na dependência de uma melhor
oxigenação da água (Irmler, 1978).
Quanto à ausência dos imaturos de T. guianense nos
arredores da sede do Pólo Base, além da ausência de plantas Podostemaceae
(consideradas preferidas pelo gênero Thyrsopelma), não existe outra
explicação. Estas plantas podem ser encontradas em distâncias maiores, cerca de
2.000 mts ao norte-nordeste deste local, onde são encontradas larvas e pupas da
mesma. A
direção do vento, quando se está na sede o Pólo Base, é sempre procedente do
Norte-Nordeste, o que justifica a alta presença das fêmeas desta espécie após
os ventos aumentarem. (informações
inéditas de Py-Daniel). Buddem, 1956 apud
Moraes & Frahia Neto (1976) observou no norte da Nigéria que a prevalência
da oncocercose, em diferentes vilas, não caia de maneira apreciável até uma distancia
de 12 km dos rios onde se localizavam os criadouros, mas para além dessa
distancia, o índice de infecção diminui rapidamente. Os maiores índices estavam
assim com as populações vivendo mais próximas das margens dos cursos d´água,
onde proliferam os criadouros dos vetores.
Como já se assinalou, estes locais, aparentemente,
não sofrem perturbação pelo homem e não mostraram indícios de poluição; a fauna
é diversa e própria de ambientes sem perturbação.
Os grupos da entomofauna encontrados nos
ecossistemas estudados são também indicadores dos diversos tipos de ambientes.
As famílias da ordem Trichoptera, como Calamoceratidae, Hidroptilidae,
Philopotamidae e Hydrobiosidae são indicadoras de águas oligotróficas (pouca
produtividade primária). Hydropsychidae de oligo a eutrófico, já os
Helicopsychidae de oligomesotrófico. Dos Ephemeroptera, as famílias Baetidae,
Oligoneuriidae, Leptophlebiidae e Euthyplociidae são indicadoras de águas
limpas. Dos Odonata, os Libellulidae, Gomphidae, Agrionidae e Megapodagrionidae,
variam entre ambientes oligomesotróficos à oligotróficos. Dos Plecoptera, os
Perlidae são indicadores de águas limpas e oligotróficas. Os Neuroptera também
são indicadores de águas oligotróficas. Dos Hemiptera, Naucoridae, Veliidae,
Pleidae são indicadores de águas oligomesotróficas à oligotróficas. Dos
Coleoptera, Gyrinidae, Elmidae e Dryopidae de águas pouco profundas. Também os
Lepidoptera são indicadores de águas oligotróficas. Em Diptera, só Simuliidae
e Blepharoceridae são indicadores de águas oligotróficas; os Tipulidae,
Ceratopogonidae, Chironomidae e Empedidae são indicadores de águas
oligomesotróficas. Finalmente, os Gastropoda são indicadores de águas duras e
alcalinas (Roldán, 1988).
CONCLUSÕES
1. Pelos dados limnológicos e os grupos
predominantes da fauna nos ecossistemas estudados, podemos concluir que são
corpos de água não alterados, mesmo com as populações indígenas habitando
nestas áreas. Estes corpos de água oferecem condições ótimas para os simulídeos
e outros organismos aquáticos se desenvolverem, alimentarem e reproduzirem.
2. O Igarapé das Irmãs (Hara-ú) foi o ecosistema que teve as
menores concentrações de nutrientes principais, composição iônica e pH. Porém,
o número de famílias, da fauna, foi maior neste local, seguido dos rios Thirei-ú e Parima. Já o rio Thirei-u
teve os maiores valores destas mesmas variáveis e o maior número de indivíduos
encontrados. Os rios que tiveram maior condutividade elétrica foram Thirei-ú, Kunemari e Kurrucimabi.
3. A fauna coletada foi diversa, composta
de 12 ordens e 48 familias. Os grupos que tiveram maior representatividade
foram Trichoptera, Odonata, Coleoptera, Diptera e Ephemeroptera, já os mais
abundantes foram Diptera, Trichoptera, Coleoptera e Plecoptera.
Além das quatro espécies praticando hematofagia
no ser humano, foi encontrada no Polo Base Xitei/Xidea a espécie Hemicnetha
rubrithorax, no rio Kurrucimabi.
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