quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

Parametros fisico-quimicos e fauna associada

Um dos trabalhos desenvolvidos dentro do Programa de Eliminação da Oncocercose para as Américas (OEPA), dentro do Brasil, no componente Epidemiologia, foi desenvolvido pela Dra. Gladys Vela Peña, na época Bolsista do CNPq-DTI, do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA), na então Coordenação de Pesquisas em Ciências da Saúde, no Laboratório de EtnoEpidemiologia e Etnoecologia (LETEP). Este trabalho faz parte do primeiro relatório parcial, apresentado em março de 1998, sendo que os dados foram coletados ao longo do ano de 1997. Apenas algumas pequenas modificações foram feitas dentro das necessidades de apropriar o texto para publicação.

Colaboraram ativamente nos trabalhos de campo e/ou laboratório, o biólogo Ulysses Carvalho Barbosa, o estudante de biologia Sr. Orlando dos Santos Silva, o Sr. Eliseu Lima Junior, que agora também assinam o trabalho.

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PARÂMETROS FÍSICO-QUÍMICOS E FAUNA AQUÁTICA ASSOCIADA AOS CRIADOUROS DE SIMULÍDEOS (DIPTERA: SIMULIIDAE) EM XITEI/XIDEA (TERRA INDÍGENA YANOMAMI), RORAIMA- BRASIL.


Vela Peña, G1.; Py-Daniel,V.2*; Barbosa, U.C2.; Silva, O.S2. & Junior, E.L2**

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1 – Na época Bolsista do CNPq-DTI (INPA); 2 (INPA/CPCS/LETEP [* - Atualmente associado a UnB/ICB/DZ/LEF; ** - Atualmente no Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE/CRH/DGP)]

Palavras Chaves: Simuliidae, fauna associada, parâmetros fisico-químicos, Xitei/Xidea, Yanomami, Roraima, Brasil.

RESUMO

Foram estudados parâmetros físico-químicos e a fauna associada a criadouros de simulídeos (Diptera, Simuliidae), em seis cursos d´água (Hara-ú, Capixara-ú, Kunemari, Thirei-ú, Watatas/Parima, Kurrucimabi) localizados na Terra Indígena Yanomami, Pólo Base de Saúde Xitei/Xidea, Roraima. Os dados obtidos demonstraram que mesmo sendo habitadas, pelos Yanomami, as margens destes cursos d´água, os mesmos apresentaram características de não alteração ambiental. Quanto a fauna, foram coletadas 12 ordens e 48 famílias.

INTRODUÇÃO

O território Yanomami abrange uma área de aproximadamente 192.000 km2 (Brasil e Venezuela), onde vivem cerca de 22.000 pessoas (Albert, 1987). No lado brasileiro, na região oeste do Estado de Roraima e norte de Estado do Amazonas, é estimado em torno de 10.000 Yanomami, em quase 200 comunidades, espalhados em uma área contínua de 90.400.00 ha. O Pólo Base de Saúde de Xitei/Xidea, onde foi desenvolvido este trabalho, tem 20 comunidades com uma população de 672 habitantes (MS-FNS).

A oncocercose é uma doença produzida pela filaria Onchocerca volvulus (Leuckart, 1893) (Nematoda, Onchocercidae). As microfilárias se localizam no tecido subcutâneo produzindo dermatite e invasão do globo ocular, podendo ocasionar graves alterações da retina, que conduzem freqüentemente à cegueira (Rey, 1991). Esta doença foi registrada no Brasil nos anos 60 (Bearzoti et al., 1967). Nos últimos anos foram detectados focos da doença nos Estados de Roraima e Amazonas, entre os Yanomami e Ye´kuana (Moraes & Dias, 1972; Moraes & Chaves, 1974a,b; e Moraes et. al., 1976).

Devido ao grande perigo de outras áreas serem atingidas, é necessário que se conheçam os parâmetros que permitem assumir uma forma endêmica na Terra Indígena Yanomami e Ye´kuana, para assim serem possíveis aplicar medidas de controle da doença. As informações obtidas nas áreas de parasitologia, entomologia e oftalmologia revelaram áreas hiperendêmicas de oncocercose, como Xitei/Xidea (97%), Homoxi (88,7%), Tucuxim (85,3%), Surucucus (80,6%) e Toototobi (68,9%) (Py-Daniel, 1997).

Uma das maneiras de contribuir com as medidas que facilitem o controle, é ter conhecimento da bioecologia dos vetores, neste caso, os dípteros da família Simuliidae (piuns / borrachudos), principalmente nas fases imaturas, que são encontrados em cursos d´água. A importância destes insetos, como vetores de doenças ao homem e aos outros animais é conhecida, sendo que isto acontece através da transmissão de protozoários, vírus, e filarias. Por outro lado, algumas espécies de simulídeos perturbam com suas picaduras que podem chegar a produzir reações alérgicas (Coscarón et al., 1996). Pelo que se sabe, o principal vetor envolvido na transmissão da oncocercose na África é o Edwardsellum damnosum (= Simulium damnosum), na Guatemala o Ectemnaspis ochracea (= Simulium ochraceum), na Venezuela o Aspathia metallica (= Simulium metallicum), na Colômbia e Equador o Notolepria exiguua (= Simulium exiguum), no Maciço das Guianas, Venezuela e Brasil, o Thyrsopelma guianense (= Simulium guianense), e nas terras baixas das bacias dos rios Amazonas e Orinoco, o Cerqueirellum oyapockense (= Simulium oyapockense) (Rey, 1991).

A partir de 1993, no Brasil, diversos projetos interdisciplinares vem sendo desenvolvidos na Terra Indígena Yanomami. A FNS (Fundação Nacional de Saúde, na época) iniciou atividades epidemiológicas nesta área, como também o INPA (Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia), com um projeto específico – Endemias Focais da Amazônia do Hemisfério Norte, junto ao Programa de Controle da Oncocercose do Ministério da Saúde, o qual faz parte do Programa de Eliminação da Oncocercose nas Américas, que envolve seis países (México, Guatemala, Equador, Colômbia, Venezuela e Brasil).

Atualmente em alguns Pólos Base de Saúde, na Terra Indígena Yanomami, está sendo administrado o remédio Ivermectina (Mectizan), em um tratamento previsto para 12 anos, no sentido de eliminar a doença (CCPY, 1995). A outra forma de controle da doença, ao nível mundial, consiste em tentar evitar a transmissão através do combate aos vetores (Anônimo, 1976). A maioria dos trabalhos já realizados, esta abrange a taxonomia, biologia e controle químico deste grupo. Os vetores são pouco conhecidos, apesar dos muitos trabalhos realizados em diferentes países. Além de outras  espécies encontradas em toda a Terra Indígena Yanomami, especificamente, na área de Xitei/Xidea, são encontradas as seguintes espécies antropófilas: Thyrsopelma guianense, Notolepria exiguua, Psaroniocompsa incrustata, Cerqueirellum oyapockense e Ectemnaspis bipunctata (Py-Daniel, 1997), sendo que esta ultima aparentemente não apresenta importância epidemiológica, por apresentar baixa densidade de picada no ser humano (Shelley, 1997).

Como parte importante dos estudos que estão sendo realizados, obter o conhecimento dos habitats dos vetores nas formas imaturas (larvas/pupas) e a relação com a fauna e flora aquáticas associadas aos criadouros, para que resultem informações que tornem viáveis métodos de controle, epidemiologia e na própria dinâmica da transmissão são de fundamental necessidade (Dellome Filho, 1991; Hamada, 1993; Andrade & Py-Daniel, 1995). As informações que se tem sobre os criadouros das espécies de simulideos são as de Dellome Filho (1978 e 1983), as de Hamada (1988 e 1989) que abordam aspectos ecológicos dos criadouros, e as de controle natural por predação (Gorayeb 1978 e 1981). Na África o estudo dos fatores físico-químicos dos corpos d´água permitiu estabelecer diferentes grupos e habitats com base nas espécies do complexo Edwardsellum damnosum (= Simulium damnosum) (Grunewald, 1976).

A análise das características ecológicas dos habitats aonde se encontra uma espécie, pode ser útil para ver uma futura distribuição de espécies (prejudiciais) em locais onde estavam ausentes antes e aonde eventualmente, pode dispersar-se, pelas mudanças ambientais de origens antropogênicas, entre elas, a ampliação ou modificação, segundo Drake (1989) apud Coscarón et al. (1996).

São necessários, então, estudos sobre os elementos que influenciam na transmissão, entre eles a ação do ser humano, pois estes fatores podem ter efeitos sobre a dinâmica das populações dos vetores (Narbaiza, 1987). Segundo Coscarón et al. (1996) a comparação entre os caracteres ecológicos e as áreas de endemismo de espécies de Simulium mostram uma grande concordância.

Alguns trabalhos realizados na Amazônia tratam sobre a fauna associada aos estágios imaturos dos simulídeos, entre eles o de Magni-Darwich et al. (1993) que encontrou uma maior representatividade dos Tricópteros e Odonatos em, criadouros de igarapés perturbados sobre a densidade e diversidade da entomofauna.

Assim, a proposta deste trabalho foi conhecer a bioecologia de populações de T. guianense e a caracterização dos criadouros nos diferentes cursos de água da área denominada Xitei/Xidea (Polo Base de Saúde), em Roraima, na Terra Indígena Yanomami, onde a prevalência da doença oncocercose, foi detectada como sendo 97,9%.

OBJETIVO GERAL

Avaliar aspectos físico-químicos dos cursos de água considerados habitats da fase imatura de diferentes espécies da família Simuliidae (Diptera), caracterizando a fauna associada aos criadouros, assim como também estudar a possível relação trófica entre os elementos faunísticos.


OBJETIVOS ESPECÍFICOS

a.     Coleta de fauna, substrato vegetal e água dos diferentes cursos de água a serem avaliados para as respectivas análises.
b.     Caracterizar os diferentes ambientes aquáticos onde sejam encontrados os criadouros de simulídeos, quanto as suas condições abióticas e verificar se existem diferenças na composição da fauna.
c.  Identificar a fauna dos criadouros para determinar a estrutura da comunidade e os grupos mais representativos associados aos simulideos.


MATERIAL E MÉTODOS

Área de coleta

A pesquisa foi desenvolvida na Terra Indígena Yanomami, na região montanhosa (altitude variando entre 750 e 1.200 mts.) do Escudo das Guianas, no Pólo Base de Saúde Xitei/Xidea (a sede do Pólo fica a 02o36´25” N / 063o52´18” O). Esta área está situada na Serra do Parima, com uma distância linear de 350 km de Boa Vista, capital de Roraima, Brasil (Figura. 1).

Figura 1. Localização do Pólo Base de Saúde Xitei/Xidea no rio Parima, Roraima (seg. Milliken & Albert, 1997).


A orografia desta região é, em geral, bastante evidente. A cobertura vegetal caracteriza-se por densa floresta equatorial úmida. Esta floresta ombrófila de montanha corresponde à cobertura vegetal predominante a noroeste do Estado de Roraima, nas regiões das Serras Parima (Silva, 1997).

O clima da Serra Parima é do tipo Monção caracterizado por altas chuvas de 8 à 10 meses e poucas chuvas, ao inicio do ano. Geralmente de E para NE na estação seca e de S para SE (convergência intertropical) para o resto do ano (Shelley et al., 1997). A região dos altos relevos (norte e nordeste) possui elevado índice de precipitação anual, a média está próxima dos 2.000 mm/ano, com pouca variação ao longo do ano (Barbosa, 1997). O clima é tipicamente dividido em estação chuvosa e seca (inverno e verão).

Quanto aos igarapés e rios estudados, todos são afluentes do rio Watatas ou Parima que é importante curso de água da área, que junto com o rio Auaris, formam o Rio Uraricoera. Estes corpos de água são de terra firme, portanto cobertos pela floresta, o sedimento do fundo, em geral, é areia, pedra e lodo, com áreas cobertas de folhiço e galhos. Os locais de coleta foram escolhidos quando eram encontrados os criadouros dos simulideos.

Métodos

As coletas da fauna dos criadouros, nos diferentes cursos d´água  foram obtidas, dependendo do tipo de substrato, com a ajuda de rapiché ou raspagem ou lavagem do substrato. A fauna coletada foi acondicionada em vidros com álcool a 70%. Para esta fase do projeto, o material coletado foi triado, quantificado e identificado, em geral, ao nível de família. Posteriormente, será feita a identificação até o menor nível de abrangência possível e a análise do conteúdo estomacal da fauna associada aos simulídeos. O material bibliográfico usado na identificação da fauna foi de Bertrand (1972), Needham & Needham (1978), McCafferty (1981), Roldán (1988) e Merrit & Cummins (1996).

As determinações limnológicas “in loco” de alguns parâmetros como temperatura, pH, oxigênio dissolvido e condutividade elétrica foram realizadas com a ajuda de aparelhos específicos. O trabalho de campo incluiu coleta de água para análise posterior nos laboratórios do INPA, de alguns nutrientes como: silício, fosfato, ferro dissolvido e total, nitrogênio amoniacal, nitrogênio de nitrato e nitrito, principais íons como cálcio, magnésio, sódio, potássio e cloretos.

Para as análises físico-químicas das águas, foram consideradas as recomendações do Programa Biológico Internacional (International Biological Program – IBP) Golterman & Clymo (1971), Strickland & Parsons (1972), Golterman et al. (1978) e Mackreth et al. (1978).

Também foi coletado material vegetal que serve de substrato para a fauna.


RESULTADOS E DISCUSSÃO

As coletas intensivas forma iniciadas em abril e a última foi em dezembro de 1997. Shelley et al. (1977), consideram o mês de maio como estação chuvosa e dezembro como estação de seca. Em total foram realizadas seis coletas programadas, mesmo não ocorrendo na intensidade e datas programadas.

As atividades programadas para a primeira fase do estudo também foram concluídas, faltando ainda a identificação mais detalhada da fauna e da vegetação usada como substrato pelos simulideos. Falta ainda a análise do conteúdo estomacal da fauna associada aos criadouros para determinar os predadores naturais.

Vale ressaltar que os criadouros de Thyrsopelma guianense não foram trabalhados, mas se pretende desenvolver coletas em outros locais ainda não amostrados. Sendo esta espécie a principal vetora da Onchocerca volvulus, nesta área, como também a mais abundante, sendo assim urgente trabalhar nos seus criadouros.

Caracterização dos criadouros

A endemia oncocercose ocorre em focos situados em torno a criadouros de simulideos e a distribuição destes é determinada pela hidrografia característica da região. Porém, os corpos de água, em que se criam os imaturos, são variados, indo dos grandes rios aos pequenos riachos, o que deve estar em relação com as exigências diferentes das várias espécies (Rey, 1991).

O Hara-ú (na língua Yanomami), chamado também de Igarapé das Irmãs, é um ambiente lótico de pequeno porte, de águas transparentes, o leito com areia, pedras e pouco folhiço, e na maior parte sombreado. No local de coletas, a largura do igarapé tem de 110 a 250 cm e profundidade de 0,10 a 0,63 cm (Figura 2).

Figura 2. Características do Hara-ú (Igarapé das Irmãs)

O Capixara-ú, ou igarapé da FUNAI, é de águas transparentes, com sedimento de areia, argila e limo fino. O local das coletas tem largura de aproximadamente 180 a 300 cm e profundidade de 0,20 a 0,45 cm (Figura 3).

Figura 3. Características do Capixara-ú (Igarapé da FUNAI).


O rio Kunemari é também de águas transparentes, com sedimento de areia, limo e pequenas pedras. A largura varia de 400 a 670 cm e a profundidade de 0,20 a 0,60 cm (Figura 4).


Figura 4. Característica do rio Kunemari.


O rio Kurrucimabi fica mais afastado da sede do Pólo Base, é um igarapé pequeno e raso. Neste local encontramos um grande criadouro de Hemicnetha rubrithorax, espécie de simuilideos que não foi encontrada nos outros criadouros.


Já o Thirei-ú é de maior porte que os descritos acima, com maior quantidade de folhiço, sedimento com areia, pedras e limo. A largura é de 7,5 a 22,70 m, com profundidade de 0,10 a 0,60 cm. Têm trechos com bastante correnteza (Figura 5).


Figura 5. Características do rio Thirei-ú.


O rio Watatas ou Parima é o maior rio da área, sendo o centro da bacia hidrográfica na região. O sedimento do leito também é variado, trechos com areia e pedras pequenas e muito grandes, com limo fino e áreas com correnteza. A largura máxima nos locais de coleta foi de 50 metros e o mínimo de 300 cm, já a profundidade máxima não foi possível determinar neste local, a mínima foi de 0,20 cm (Figura 6).


 
Figura 6. Características do rio Watatas ou Parima.


A altitude e a presença de rios encachoeirados constituem fatores que influem bastante na distribuição dos transmissores (Moraes & Fraiha Neto, 1976).

Nas tabelas 1, 2, 3 mostramos os dados limnológicos dos locais estudados. A temperatura ambiental foi determinada sempre pela manhã, quando eram realizadas as coletas, sendo que variou entre 23oC à 31,2oC.


Tabela 1. – Dados Limnológicos dos diferentes corpos de água (abril de 1997).


Tabela 2. – Dados Limnológicos dos diferentes corpos de água (agosto de 1997).


Tabela 3. – Dados Limnológicos dos diferentes corpos de água (dezembro de 1997).


Quanto as características físico-químicas da água foi registrada uma temperatura máxima de 23,7oC, no Igarapé da FUNAI e uma mínima de 19,2oC no rio Thirei-ú. Estes ambientes são de águas transparentes, entretanto, os menores valores de turbidez foram no Igarapé da FUNAI (1,6 FDU) e rio Kunemari (1,8 FDU).

O oxigênio dissolvido variou de 3,6 mg/l no rio Thirei-ú à 8,5 mg/l no rio Kunemari, mas a média nos corpos de água estudados foi de 6,2 mg/l, também Alencar (1993) encontrou valores semelhantes em igarapés de terra firme localizados na Amazônia Central (Reserva Ducke).

Estes corpos de água são de ligeiramente alcalinos à alcalinos, o valor mínimo de pH foi determinado no Igarapé das Irmãs (6,6) e o máximo no Igarapé da FUNAI (7,2).

Segundo Sioli (1976), as águas claras provenientes dos sedimentos do Terciário na Amazônia Central são os mais pobres e ácidos dos que se originam nos Escudos do Brasil Central e da Guiana, onde estariam enquadrados estes ambientes deste estudo. Já o valor mínimo da dureza foi de 1,958 mg/l no Igarapé das Irmãs e o máximo de 25,321 mg/l, no rio Thirei-ú.

Quanto a condutividade elétrica, o mínimo valor registrado foi de 10 mS/m2 no Igarapé das Irmãs, de forma estável, e o máximo de 60 mS/m2 nos rios Thirei-ú e Kunemari.

Os macronutrientes foram relativamente altos quando comparados aos igarapés da Amazônia Central. O nitrogênio amoniacal foi de 0,043 mg/l no Igarapé da FUNAI e 0,272 mg/l no Igarapé das Irmãs. Na coleta do mês de agosto/97, o nitrato esteve abaixo do limite do método ( < 0,003 ), em todos os locais de coleta (Parima, Thirei-ú, Funai, Kunemari, Irmãs e Kurrucimabi). Já o nitrito não foi detectado nos locais, evidenciando serem ambientes não poluídos. Este seria um fator positivo para um bom desenvolvimento dos simulídeos nestes ambientes, pois existe a possibilidade de que a poluição da água possa reduzir as populações deste grupo (Travis et al., 1979 e Grunewald, 1976).

O valor mínimo do fosfato foi de 0,003 mg/l no Rio Parima e FUNAI, e o máximo foi de 0,023 mg/l no Igarapé das Irmãs. Os valores de silício foram altos, o mínimo de 1,68 mg/l no Igarapé das Irmãs e o máximo de 4,89 mg/l no Rio Thirei-ú.

A composição iônica ou micronutrientes dos corpos de água determinados foram, de Fe total e dissolvido, sendo que este último não foi detectado pelo método usado. Já o ferro total foi menor no Igarapé das Irmãs (0,04 mg/l) e o máximo no Rio Thirei-ú (0,83 mg/l). A concentração mínima de cálcio foi de 0,737 mg/l no Rio Parima e o máximo de 5,707 mg/l no Rio Kunemari. O magnésio foi menor no Igarapé das Irmãs (0,097 mg/l) e o máximo no Rio Thirei-ú (2,323 mg/l). Dos cloretos, o mínimo foi de 0,426 mg/l no Igarapé das Irmãs e o máximo de 1,207 mg/l no Rio Thirei-ú. Quanto ao sódio, o mínimo foi de 1,1 mg/l no Igarapé das Irmãs e o máximo de 3,6 mg/l no Igarapé da FUNAI. Já o potássio foi mais baixo no Igarapé das Irmãs (0,6 mg/l) e o mais alto no Rio Thirei-ú (245 mg/l).

Os corpos de água analisados neste estudo, têm maiores concentrações de nutrientes, em geral, são alcalinos e têm melhor composição iônica do que os igarapés e rios de terra firme do Estado do Amazonas, como o rio Preto da Eva, Igarapés da estrada Manaus-Caracaraí, da bacia do rio Parauari-Maués Açú, da área da Reserva Ducke, do Irarapé Tarumã-Mirim. Estes Ecossistemas são muito deficientes em nutrientes e tem baixo pH (Santos et al., 1971; Schmidt, 1972; Bringel et al., 1984; Magni-Darwich et al., 1993; Alencar, 1993; Walker, 1995). Isto é considerado como típico para a maior parte dos ambientes da bacia do Amazonas porque refletem as condições de solo (Klinge & Ohle, 1964; Fittkau, 1964 e 1967).

Porém, algumas variáveis aqui analisadas são semelhantes aos encontradas em afluentes do Rio Negro, isto porque esta região é fertilizada por áreas inundáveis, pelo desmatamento e queimadas (Santos et al., 1984). Também os nossos dados são comparáveis aos do Rio Castanho (AM), isto devido a sua origem em formações ricas em calcário (Grupo Cuiabá, Jangada e Alto Paraguai) que são mais ricos em eletrólitos (Junk & Furch, 1980). As condições hidroquímicas dos corpos de água refletem às condições dos solos que drenam, provavelmente, na região do nosso estudo, afloram algumas rochas carbonatadas, por isto apresentaram teores mais elevados de nutrientes.

Particularidades petrográficas locais, podem provocar, especialmente em pequenos igarapés, diferenças significativas nas concentrações de eletrólitos em suas águas (Junk & Furch, 1980).

Estes corpos de água oferecem condições para os simulideos e outros organismos se desenvolverem, alimentar e reproduzir. Porém, os organismos são influenciados por fatores como as variações hidrológicas, o pH, os predadores, competidores e parasitas, etc.

Por exemplo, as fêmeas de Ectemnaspis rototaense (publicado por Gorayeb, 1981, como Simulium fulvinotum), colocam os seus ovos em folhas, gravetos, pedras, troncos ou outros garranchos presos na correnteza, na superfície, principalmente em trechos de maior correnteza. A atividade de postura é estimulada após maiores temperaturas do ambiente e quando começa a queda da luminosidade. Também a temperatura influi na duração do desenvolvimento larvário (Rey, 1991).


Composição da fauna


Em igarapés que correm na sombra da floresta densa, não há praticamente nenhuma produção primária. Apesar disso existem muitos animais que vivem nesses ambientes. Alimentação desta fauna é alóctone: flores, folhas, frutos e todo o detrito da mata circundante que caem dentro dos corpos de água, seja, eles decompostos ou não são aproveitados pelos animais, que por sua vez servem de alimento para outros animais (Köppel, 1970).

Da fauna coletada nos criadouros foram identificadas 48 famílias (Tabela 10.)  pertencentes as classes Insecta, Crustacea, Gastropoda e Pisces que estão incluídas nos filos Arthropoda,. Mollusca e Chordata. Quanto aos insetos, as ordens mais representativas foram Ephemeroptera, Odonata, Trichoptera, Coleoptera e Diptera (Tabelas 4a-b, 5a-b, 6a-b, 7a-b, 8a-b e 9a-9b).


(4a)

(4b)

Tabelas 4a e 4b – Composição e abundância da fauna coletada nos criadouros do Igarapé das Irmãs, do Pólo Xitei/Xidea, em 1997.


(5a)

(5b)

Tabelas 5a e 5b - Composição e abundância da fauna coletada nos criadouros do rio Thirei-ú, do Pólo Xitei/Xidea, em 1997.


(6a)

(6b)

Tabelas 6a e 6b - Composição e abundância da fauna coletada nos criadouros do Igarapé da FUNAI, do Pólo Xitei/Xidea, em 1997.


(7a)

(7b)

Tabelas 7a e 7b - Composição e abundância da fauna coletada nos criadouros do rio Parima / Watatas, do Pólo Xitei/Xidea, em 1997.


(8a)

(8b)

Tabelas 8a e 8b - Composição e abundância da fauna coletada nos criadouros do rio Kunemari, do Pólo Xitei/Xidea, em 1997.


(9a)

(9b)


Tabelas 9a e 9b - Composição e abundância da fauna coletada nos criadouros do rio Kunemari, do Pólo Xitei/Xidea, em 1997.


Tabela 10. Número de famílias encontradas em cada curso d´água estudado.


Os dípteros foram o grupo mais freqüente nos diversos locais amostrados, seguido dos tricópteros em algumas locais, os odonatos e os coleópteros (Figuras 7 e 8).


Figura 7. Freqüência relativa da fauna nos igarapés das Irmãs, FUNAI e rio Parima.


Figura 8. Freqüência relativa da fauna nos rios Thirei-ú, Kunemari e Kurrucimabi.


No Igarapé das Irmãs, o número de famílias foi maior do que nos outros corpos de água, já o número de indivíduos foi semelhante, considerando os níveis baixos de nutrientes, pH e condutividade elétrica, quando comparados aos outros ambientes estudados. Entretanto, o oxigênio dissolvido do Igarapé das Irmãs foi relativamente mais alto em todas as coletas, uma explicação para isto poderia ser devido ao processo de estabilização que a fauna bentônica precisa, que estaria pela sua vez, na dependência de uma melhor oxigenação da água (Irmler, 1978).

Quanto à ausência dos imaturos de T. guianense nos arredores da sede do Pólo Base, além da ausência de plantas Podostemaceae (consideradas preferidas pelo gênero Thyrsopelma), não existe outra explicação. Estas plantas podem ser encontradas em distâncias maiores, cerca de 2.000 mts ao norte-nordeste deste local, onde são encontradas larvas e pupas da mesma. A direção do vento, quando se está na sede o Pólo Base, é sempre procedente do Norte-Nordeste, o que justifica a alta presença das fêmeas desta espécie após os ventos aumentarem.  (informações inéditas de Py-Daniel). Buddem, 1956 apud Moraes & Frahia Neto (1976) observou no norte da Nigéria que a prevalência da oncocercose, em diferentes vilas, não caia de maneira apreciável até uma distancia de 12 km dos rios onde se localizavam os criadouros, mas para além dessa distancia, o índice de infecção diminui rapidamente. Os maiores índices estavam assim com as populações vivendo mais próximas das margens dos cursos d´água, onde proliferam os criadouros dos vetores.

Como já se assinalou, estes locais, aparentemente, não sofrem perturbação pelo homem e não mostraram indícios de poluição; a fauna é diversa e própria de ambientes sem perturbação.

Os grupos da entomofauna encontrados nos ecossistemas estudados são também indicadores dos diversos tipos de ambientes. As famílias da ordem Trichoptera, como Calamoceratidae, Hidroptilidae, Philopotamidae e Hydrobiosidae são indicadoras de águas oligotróficas (pouca produtividade primária). Hydropsychidae de oligo a eutrófico, já os Helicopsychidae de oligomesotrófico. Dos Ephemeroptera, as famílias Baetidae, Oligoneuriidae, Leptophlebiidae e Euthyplociidae são indicadoras de águas limpas. Dos Odonata, os Libellulidae, Gomphidae, Agrionidae e Megapodagrionidae, variam entre ambientes oligomesotróficos à oligotróficos. Dos Plecoptera, os Perlidae são indicadores de águas limpas e oligotróficas. Os Neuroptera também são indicadores de águas oligotróficas. Dos Hemiptera, Naucoridae, Veliidae, Pleidae são indicadores de águas oligomesotróficas à oligotróficas. Dos Coleoptera, Gyrinidae, Elmidae e Dryopidae de águas pouco profundas. Também os Lepidoptera são indicadores de águas oligotróficas. Em Diptera, só Simuliidae e Blepharoceridae são indicadores de águas oligotróficas; os Tipulidae, Ceratopogonidae, Chironomidae e Empedidae são indicadores de águas oligomesotróficas. Finalmente, os Gastropoda são indicadores de águas duras e alcalinas (Roldán, 1988).


CONCLUSÕES

1.    Pelos dados limnológicos e os grupos predominantes da fauna nos ecossistemas estudados, podemos concluir que são corpos de água não alterados, mesmo com as populações indígenas habitando nestas áreas. Estes corpos de água oferecem condições ótimas para os simulídeos e outros organismos aquáticos se desenvolverem, alimentarem e reproduzirem.
2. O Igarapé das Irmãs (Hara-ú) foi o ecosistema que teve as menores concentrações de nutrientes principais, composição iônica e pH. Porém, o número de famílias, da fauna, foi maior neste local, seguido dos rios Thirei-ú e Parima. Já o rio Thirei-u teve os maiores valores destas mesmas variáveis e o maior número de indivíduos encontrados. Os rios que tiveram maior condutividade elétrica foram Thirei-ú, Kunemari e Kurrucimabi.
3.   A fauna coletada foi diversa, composta de 12 ordens e 48 familias. Os grupos que tiveram maior representatividade foram Trichoptera, Odonata, Coleoptera, Diptera e Ephemeroptera, já os mais abundantes foram Diptera, Trichoptera, Coleoptera e Plecoptera.

Além das quatro espécies praticando hematofagia no ser humano, foi encontrada no Polo Base Xitei/Xidea a espécie Hemicnetha rubrithorax, no rio Kurrucimabi.


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS


ALENCAR, Y.B. – 1993. Estudos ecológicos sobre simulídeos e fauna associada em dois igarapés da Reserva Florestal Adolpho Ducke. Relatório PIBIC, INPA/CNPq, 26p.

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