quarta-feira, 11 de novembro de 2015

Parte IV - Considerações Finais - Peixes/Simuliidae

CONSIDERAÇÕES FINAIS e COMENTÁRIOS

Daquilo que observamos no nosso trabalho realizado nos rios Pitinga (AM) e Jauaperi (RR), concluímos que os estudos realizados nessas áreas evidenciaram a existência de relações complexas entre as espécies de peixes coletadas, um dos aspectos marcante entre as duas áreas foi que, as espécies Spatuloricaria sp.  e Leporinus fasciatus apresentaram uma correlação positiva (p < 0,001) em relação ao tamanho do exemplar (quanto maior o exemplar maior o número de imaturos de simulideos (larvas/pupas) predados.

Entre as espécies estudadas nas áreas do Pitinga e Jauaperi, acreditamos que as espécies Leporinus fasciatus, Geophagus , surinamensis, Hypostomus sp., Spatuloricaria sp. e Myleus pacu merecem um estudo mais profundo com vista na importância do relacionamento presa-predador nos criadouros de Thyrsopelma guianense que na Amazônia é o principal vetor da filaria Onchocerca volvulus.

Agregando informações relacionadas com o assunto e áreas estudadas:

Segundo  Gomes,S. & Py-Daniel,V. (2002) "os parâmetros climáticos examinados (Temperatura do Ar, Umidade Relativa, Pressão Atmosférica, Velocidade do Vento, Luminosidade, Pluviosidade) não influenciara, estatisticamente, nos criadouros estudados de forma significativa a afetar a densidade populacional da espécie T.guianense, nas mesmas duas áreas estudadas. As populações de imaturos de T.guianense  apresentaram capacidade de adaptação a novos substratos (rochas, plantas e raizes), tendo em vista que as plantas da familia Podostemaceae, substratos preferencias do gênero Thyrsopelma, devido as alterações ambientais para construção da hidroelétrica de Pitinga. " Apesar das análises de correlação não terem sido estatisticamente significativas, provavelmente devido ao número de amostras, as maiores ocorrências de larvas de T. guianense na Cachoeira 40 Ilhas, foram registradas quando a concentração de oxigênio estava entre 8,6-12,9mg/l , a velocidade superficial da água entre 50-112 cm/s e havia maior disponibilidade de substratos. Na cachoeira Travessão, as maiores ocorrências de larvas, foram registradas no período em que a concentração de oxigênio aumentou ficando entre 6,7-7,8mg/l, o pH diminuiu ficando entre 6,2-6,5, a velocidade superficial da água entre 78-104 cm/s e havia um maior número de substratos disponíveis. Apesar dos picos de maior abundancia larval de T.guianense terem ocorrido nas duas áreas mais ou menos no mesmo período, as quantidades de larvas coletadas nas duas áreas apresentaram diferença significativa na densidade populacional. Isto provavelmente pode ter todo ocorrido, em decorrência da ação antrópica que sofreu a cachoeira 40 Ilhas, devido a construção da Hidroelétrica de Pitinga. Pelos dados obtidos e observações realizadas em campo, os parâmetros físico-quimicos que mais influenciaram na ficoflora da cachoeira 40 Ilhas, foram a transparência, a turbidez e a quantidade de sólidos totais em suspensão. As menores ocorrências de espécies de microalgas foram registradas no período da 1ª coleta (06.01.1998), em que técnicos da Hidroelétrica do Pitinga, tendo em vista o baixo nível do reservatório, desviaram o curso de um igarapé para dentro do reservatório, o que causou um assoreamento das margens deste curso d´água com a introdução de material argiloso, deixando assim o criadouro com pouca transparência, alta turbidez e grande concentração de sólidos em suspensão. Na Cachoeira Travessão, não houve uma variação muito grande na quantidade de espécies de microalgas coletadas durante os períodos de coleta. Verificou-se através do teste de correlação de Spearman, correlação não significativa ( p < 0,05 ) com os parâmetros físico-químicos dos criadouros e a ficoflora dos mesmos, indicando que tais parâmetros não influenciaram de forma significativa na ficoflora dos criadouros estudados. As larvas de Thyrsopelma guianense apresentaram um grau de seletividade quanto a alimentação. Nas das áreas estudadas, apenas 31,3% da ficoflóra planctônica e perifítica foi encontrada no conteúdo digestivo larval."


"Segundo Gomes,S. & Marques,L.& Py-Daniel,V. & Mera,P.  (2002) "na Cachoeira 40 Ilhas foram encontradas 23 espécies de microalgas no conteúdo digestivo e no plâncton foram encontradas 78 espécies. Na Cachoeira Travessão foram encontradas 29 espécies no conteúdo digestivo e no plâncton foram encontradas 73 espécies. O resultado das analises do conteúdo digestivo  das 365 larvas de ultimo estádio indicaram que na cachoeira 40 Ilhas ocorreram 13 espécie de microalgas de paredes silicosas (diatomáceas) e na cachoeira Travessão 10 espécies. A presença do gênero Eunotia indica que as águas são ácidas.  A presença deste gênero no conteúdo digestivo das larvas de T.guianense pode caracterizar o criadouro como de águas tropicais, oligotróficas e ácidas. (na cachoeira 40 Ilhas). A menor quantidades de espécies presentes na Cachoeira Travessão, no conteúdo digestivo das larvas, é um indicativo de que o criadouro não pode ser caracterizado como de águas ácidas, fato que se confirma ao observarmos os resultados do parâmetro pH neste criadouro (trabalho anterior). Nas larvas da  cachoeira 40 Ilhas foram identificadas 10 espécies de microalgas não silicosas, e nas larvas da cachoeira Travessão foram identificadas 19 espécies. Na Cachoeira 40 Ilhas, o plâncton foi de 62 especies de microalgas não silicosas e 16 espécies de diatomáceas. O perifiton apresentou 13 espécies de microalgas não silicosas e 9 diatomáceas. Na Cachoeira Travessão, o plâncton foi de 54 especies de microalgas não silicosas e 23 especies de diatomáceas. O perifiton apresentou 9 espécies de microalgas não silicosas e 9 especies de diatomáceas. Não ocorreu correlação significativa (teste de Sperman) entre dimensões das algas (comprimento /. Largura / Diâmetro.) e o comprimento das larvas, indicando que larvas do ultimo estádio ingerem partículas de dimensões variadas independente do tamanho. A correlação não foi significativa entre o comprimento das larvas e comprimento/largura das partículas inorgânicas (siltes). Por meio do coeficiente de Sorensen, verificou-se a similaridade dos dados quantitativos da composição dos itens alimentares, encontrados no conteúdo digestivo das larvas e dos encontrados no plâncton e no perifiton: - (40 Ilhas) => os resultados mostraram uma similaridade entre as microalgas presentes no conteúdo digestivo das larvas e as encontradas no plâncton de 34,4%, apresentando 26,9% de espécies comuns. A similaridade entre as microalgas encontradas no conteúdo digestivo e as do perifiton foi de 9,8%, apresentando 8,6% de espécies comuns. A similaridade na composição das microalgas, entre o plâncton e o perifiton foi de 30,3%, com 28,2% de espécies comuns. - (Travessão) => os resultados mostraram uma similaridade entre microalgas presentes no conteúdo digestivo das larvas e as encontradas no plâncton de 42,8%, apresentando 35,6% de espécies comuns. Com as microalgas do perifiton a similaridade foi de 7,2% com 5,5% de espécies comuns. A similaridade entre as microalgas do plâncton e as do perifiton foi de 26,4 % e com 24,1% de espécies comuns. É importante salientar que a maioria das espécies de diatomáceas são características do perifiton, sendo que as encontradas no plâncton, podem ter sido desprendidas do substrato pela corrente da água. Os resultados encontrados sugerem que as larvas de T.guianense alimentam-se tanto das microalgas planctônicas, como também das microalgas que fazem parte da comunidade perifitica. Quanto as duas áreas de estudo, elas mostraram 82,8% de similaridade quanto a composição ficofloristica. Já a composição dos itens alimentares encontrados no conteúdo digestivo das larvas, apresentou similaridade de 79,3%. Provavelmente este fato seja decorrente das características semelhantes das duas áreas (tipo de substrato, e velocidade da água).
Quanto ao aspecto da seletividade, nas duas áreas de estudo, os resultados mostraram uma diferença bastante significativa entre as microalgas encontradas no conteúdo digestivo das larvas de ultimo estádio de T.guianense e as microalgas encontradas no plâncton e no perifiton. Na cachoeira 40 Ilhas, foram encontradas 85 espécies de microalgas no ambiente e destas apenas 23 foram observadas no conteúdo digestivo das larvas, ou seja, das algas encontradas no ambiente, 27%  foram encontradas no conteúdo digestivo. Na cachoeira Travessão, foram encontradas 79 espécies de microalgas e destas 29 foram observadas no conteúdo digestivo das larvas, ou seja, 36,7% foram observadas no conteúdo digestivo. Nas duas áreas, durante o período de estudos, foi encontrado no conteúdo digestivo larval apenas 31,3% da ficoflora planctônica e perifitica. Estes resultados são um indicativo para a seletividade." 

"Segundo Py-Daniel,V. & Passos,C. & Medeiros,J. & Andreazze,R. (1999) em coletas feitas em 4 dias mensais das 06-18:15 nos meses de janeiro, abril, julho e outubro de 1998. Os turnos de coletas foram divididos, alterando 15 minutos de coleta por 15 minutos de intervalo. As regiões corpóreas estudadas foram : Tórax/Pescoço, Braço/Mãos, Coxas, Pernas/Pés. A espécie Thyrsopelma guianense pode apresentar populações nas quais seus imaturos, quando induzidos por modificações ambientais (apenas antropogênicas?), podem expressar capacidade de colonizar sunstratos diferentes de plantas Podostemaceae. As alterações ambientais no rio Pitinga (tanto químicas como na dinâmica hídrica), que possivelmente direcionam o desaparecimento do substrato preferencial, podostemaceae, de T. guianense, podem ser as causas modificadoras dos períodos de abundancia das fêmeas (atividade hematofagica). No Pitinga (Cachoeira 40 Ilhas) as maiores abundancias ocorreram no período de menor precipitação pluvial, sendo que em outros lugares (ex.: rio Uraricoera, rio Tapajós, no Brasil e Sierra Parima, bacia do rio Orinoco – na Venezuela, ocorrem no período de maior precipitação. Maiores abundancia de fêmeas picando corresponde diretamente à um maior numero de imaturos nos criadouros? T.guianense apresenta (p.ex.: rio Tapajos, rio Pitinga, rio Jauaperi, rio Uraricoera, área do Parima B, bacia do rio Orinoco – Venezuela) uma nítida preferência de picada por partes mais baixas do corpo humano. Sendo que em Pitinga ocorreu uma preferência significativa (p < 0,05 – Z-test ) na proporção entre indivíduos coletados entre as regioes perna/pé (59%), tórax/pescoço (11,6%) e braços/mãos (7,5%). No Jauaperi: pernas/pés (61,9%), tórax/pescoço (7,7%), coxas/ (29%), braços/mãos (1,4%). A atividade de picada de T.guianense apresentou correlação com os seguintes fatores climáticos: temperatura ( r = -0,361 P < 0,001 ), luminosidade (r = -0,342 P < 0,001 ) e umidade relativa ( r = 0,365 P < 0,001 ), indicando uma maior atividade quando a temperatura e a luminosidade se encontravam baixas e a umidade relativa do ar elevada; a atividade de picada também apresentou maiores valores quando os fatores pressão atmosférica, cobertura de nuvens e velocidade do vento apresentaram valores reduzidos. Acreditamos que os fatores temperatura e umidade (que atuam em conjunto) agregados à luminosidade são os principais responsáveis pelo acréscimo na presença de exemplares picando. O prolongamento da atividade hematofágica em períodos de quase total falta de luminosidade está diretamente relacionado com a distancia do criadouro. Maiores distancias entre o criadouro e a fonte de repasto sanguíneo fazem com que a atividade seja abreviada."


"Segundo Py-Daniel,V. & Andreazze,R. & Medeiros,J. (2000) em área localizada em Roraima, tendo o acompanhamento da atividade transmissiva da filaria Onchocerca volvulus por quatro espécies de simulídeos, na área Yanomami, são apresentadas definições hidrosazonais para o entendimento da dinâmica dos cursos d´água na região: Seca = Neste período climático o substrato rochoso (Py-Daniel & Rapp Py-Daniel, 1998) está disponível, mas as populações das plantas podostemaceas estão consideravelmente reduzidas pela diminuição da quantidade de água disponível, ficando apenas alguns lugares aonde ocorre a coexistência do nível de água e a superfície das rochas. Neste período e nestes lugares de coexistência, ocorre uma pequena predominância relativa das espécies de simulideos que colonizam as plantas podostemaceas, como Thyrsopelma guianense (imaturos / fêmeas picando). Chuva-1 = Neste período, a abundancia relativa de Psaroniocompsa incrustata (imaturos / fêmeas picando) aumenta muito, em relação a Thyrsopelma guianense, sendo que Cerqueirellum oyapockense e Notolepria exiguua (imaturos / fêmeas picando) também se tornam mais presentes. Estas duas ultimas espécies tornam-se mais presentes em Watatas principalmente em épocas que acontecem grandes enchentes, pois suas áreas de estoque são muito mais a jusante (seguimentos mais intermediários do rio Parima). Chuva-2 = Neste período a abundacia de T. guianense é muito maior que a de Psaroniocompsa incrustata, Cerqueirellum oyapockense e Notolepria exiguuaThyrsopelma guianense – Ocorreu a diminuição no numero de exemplares picando entre os períodos seca e chuva-1 (dinâmica crescente das águas do rio Parima / cobertura crescente do substrato rochoso – Podostemaceae); a diminuição sensível no numero de exemplares picando entre os períodos chuva-2 e seca (dinâmica mais estável das águas do rio Parima / exposição contínua do substrato rochoso, aonde a maioria das folhas de Podostemaceas secam, ficando predominantemente – no inicio – as inflorescências acima das rochas, e desaparecendo tudo no prosseguimento do período de seca). O tempo/área de exposição das podostemaceas, para colonização das formas imaturas de T. guianense, é maior nas vazantes (pois as mesmas tiveram o tempo necessário de imersão para se reconstituírem com novas folhas) do que nas enchentes (que é um período inicial para reconstituição foliar) além do que o rio Parima, neste seguimento de Xitei/Xidea, leva mais tempo para baixar suas águas do que para subi-las (ou seja, em chuva-1 as águas sobem muito mais rápido do que descem em chuva-2), o que condiciona as diferenças dos números de fêmeas picando entre os dois períodos de transição aonde, a principio, as podostemaceas ficam mais expostas. Maior numero de fêmeas picando corresponde portanto, diretamente a um maior numero de imaturos como conseqüência da maior disponibilidade de substrato apropriado, sendo que o inverso também é verdadeiro, ou seja, menor numero de fêmeas picando corresponde diretamente a um menor numero de imaturos, como conseqüência da menor disponibilidade de substrato apropriado (podostemaceas). Aparentemente a subida das águas (chuva-1) após o período de seca expressou mais a diminuição dos nuliparos (novos indivíduos) do que dos paríparos, ou seja, isto demonstra que estava ocorrendo uma retração populacional, nesta localidade. Já na descida das águas (chuva-2) após o período de chuva-1 (subida) ocorreu a nítida elevação dos números tanto de pariparos como de nuliparos, ou seja, estava ocorrendo uma expansão populacional, dispersao descendente (ver também Py-Daniel,V. & Rapp Py-Daniel,L.1998). O aumento da disponibilidade dos substratos rochosos (podostemaceas) corresponde ao aumento da população desta espécie e aos maiores índices de novas infecções (mf.). A TMP apresenta apresenta os seus menores valores nas subidas das águas (chuva-1), aonde as podostemaceas (subtratos rochosos) estão vindo do período de seca e apresentam ausência de folhas. Já em chuva-2, com a descida das águas e o tempo necessário para as regenerações das plantas substratos, ocorre a mior exposição de folhas (que significa maiores números de colônias de imaturos) e por conseqüência  maiores números de fêmeas picando, sendo que estes números (imaturos e adultos) voltam a diminuir no período da seca. O PTM é diretamente relacionado com a TMP, ou seja, os maiores PTM são encontrados no período de chuva-2, os intermediários em seca e os menores em chuva-1."


"Segundo Py-Daniel,V. & Rapp Py-Daniel,L. (1998) na Bacia Hidrográfica do Rio Amazonas, na época da seca a espécie guianense está presente desde a parte Superior do rio (com maior numero de exemplares) até a parte média-inferior (com menor numero de exemplares). Na época da cheia, a espécie guianense fica restrita a parte superior do rio, sendo que pode atingir (dependendo do tipo de rio) até a parte médio-superior (região em que as rochas, cachoeiras e/ou corredeiras, com podostemaceas ficam sempre disponíveis)...."


" Segundo Py-Daniel,V. (1997) As altas prevalências (áreas hiperendemicas), acima de 60%, podem também estar relacionadas com: 1. Fatores migratórios sazonais humanos (entre áreas com altitudes acima de 600 metros em Roraima e acima de 300 metros no estado do Amazonas, e áreas de menor altitudes); 2. Presença de Thyrsopelma guianense e/ou; 3. Número maior ou igual a 3 espécies de simulideos picando em uma determinada comunidade, incluindo entre estas T. guianense. Em certas épocas sazonais pode existir um equilíbrio entre o numero de indivíduos das diferentes espécies com atividade hematofágica. Isto ocorre nas duas épocas de transição hídrica dos criadouros (na passagem de cheia para a vazante, e na passagem da seca para enchente), e está fundamentada na disponibilidade dos diferentes substratos, explorados pelas diferentes espécies. A total presença de um substrato é inversamente proporcional a ausência de outro, dependendo do nível de água no segmento do curso d´água a ser considerado. Foi observada uma relação direta entre o numero de exemplares picando de uma determinada espécie e a disponibilidade dos substratos utilizados pelos imaturos nos criadouros. Como o numero de exemplares pocando entre diversas espécies pode ser nitidamente diferenciado (p.ex. maior para oyapockense), pode existir, na transmissão, uma compensação entre eficiência morfo-fisiológica de uma espécie e o número de indivíduos para outra."

"Py-Daniel (1994) ressalta que as fases aquaticas (ovos, larvas e pupas) do gênero Thyrsopelma possuem uma extrema associação com plantas da família Podostemaceae, “que colonizam principalmente rochas de terrenos de caracteristicas geológicas muito antigas (Escudos Pré-cambrianos das Guianas e do Brasil Central)”, e indica que o controle das populações de T.guianense, é viável e restringe-se unicamente na retirada destas plantas, que se localizam em áreas de evidente turbulência, como corredeiras e cachoeiras, em cursos de água de porte médio a grande caudal, com incidência luminosa direta sobre o substrato. Sugere que, nas áreas oncocercóticas, estas plantas sejam retiradas dentro de um raio de 5 quilômetros de cada comunidade, como um auxilio na diminuição dos processos de transmissão. Fornece algumas informações gerais sobre Thyrsopelma e T. guianense: 1. ...o s criadouros de T. guianense são cursos de água de tamanho médio a grande, com incidência luminosa direta sobre os substratos. 2.“O gênero Thyrsopelma apresenta uma extrema associação das fases aquáticas (ovos, larvas e pupas) com plantas da família Podostemaceae, que colonizam principalmente rochas em terrenos de característica geológica muito antiga (p.ex. Pré-Cambrianos, o Escudo das Guianas e o Escudo do Brasil Central), e não ocorre em áreas do Terciário/Quaternário da Amazônia (aonde não existe este tipo de rocha e por conseqüência estas plantas). 3. “... o controle das populações de T.guianense restringe-se a localização e retirada destas plantas, que estão principalmente em áreas de grande turbulência, como corredeiras e cachoeiras. 5. “É viável a utilização do controle manual (retirada das plantas), nos criadouros que estejam dentro de um raio de 5 quilômetros de cada comunidade que esteja sendo tratada com Ivermectina, como uj manejo integrado para a eliminação da oncocercose.”


Segundo Souza; Py-Daniel,V. (2007) em na área denominada Xitei/Xidea, na Terra Indígena Yanomami, o registro de chegada de Yanomami na comunidade Watatas obteve uma tendência inversamente proporcional ao registro de saída dos residentes de Watatas, ou seja, nos períodos da chegada de pessoas na comunidade, os residentes saem menos e no período em que a comunidade não tem visitantes os residentes saem mais. O índice epidemiológico “densidade de fêmeas de T. guianense” se correlacionou com o registro de chegada de Yanomami a Watatas ( r-Person = 0,620 / P = 0,05 ). A taxa mensal de picadas de T. guianense, quando correlacionada ao mesmo registro, mostrou uma forte tendência ( r-Pearson = 0,612 / P = 0,068 ). Outros índices se apresentaram inversamente correlacionados com o numero de pessoas que saíram de Watatas, como: número de microfilárias em T. guianense (r-Pearson = - 0,550 / P = 0,258), numero de larvas no estágio 3 em T. guianense ( r-Pearson = - 0,513 / P = 0,298 ), densidade de fêmeas de T. guianense (r-Pearson = - 0,559 / P = 0,249), taxa mensal de picada de T. guianense ( r-Pearson = - 0,512 / P = 0,299 ). Assim, os dados indicam que quanto mais Yanomami saem de Watatas, menores ficam os valores de infecção e densidade do vetor. Em todos os casos testados, o r-Pearson indicou correlação que não foi confirmada pelos valores de probabilidade de Bonferroni. Os estudos foram desenvolvidos na aldeia Watatas  [02o36´29” N / 063o52´18” O], pólo sanitário Xitei / Xidea, Terra indígena Yanomami, município de Alto Alegre, Roraima, Brasil. O índice epidemiológico “densidade de fêmeas de T. guianense  se correlacionou com o registro de chegada de Yanomami (r Pearson = 0,620 / P = 0,05). A taxa mensal de picada de T. guianense, correlacionada a chegada dos Yanomami, mostrou forte tendência ( r Pearson = 0,612 / P = 0,068 ). O registro dos Yanomami chegando em Watatas é quase duas vezes em relação a saída. Esta maior convergência para Watatas tem como base a indução de que nesta comunidade existiam fontes de atração como: posto de saúde e escola, missão religiosa, base da FUNAI, que são fontes primárias para receber e trocar materiais. Durante o período climático denominado de “chuva-2” ocorreu a maior convergência de membros de outras comunidades, principalmente induzidos para tratamentos de diferentes enfermidades. Neste mesmo período (chuva-2: outubro / novembro) também é quando acontece os maiores índices transmissivos de O. volvulus, a maior densidade de vetores, o maior desenvolvimento da área foliar das plantas (Podostemaceae) que servem para substrato dos imaturos de T. guianense e por conseqüência o maior número de imaturos. Assim vemos uma total  incoerência na dinâmica sanitária desta área, quanto a transmissão da O. volvulus, pois na época em que os Yanomami (do sul e sudoeste – originalmente portadores de filárias) mais procuram obter saúde, é a época  que estão presentes as condições vetoriais mais propicias para transmissão desta filaria (maior aumento de vetores, maior densidade de picada, maior transmissão, originárias pela maior disponibilidade de criadouros e densidade de imaturos). 




"Segundo o relatório intermediário (setembro de 1993 a setembro de 1994) do Programa SOFT (numero 93192), do projeto: Biodiversité et Dynamique dês aquatiques associes aus Podostémacées em Amazonie Brésilienne (75 paginas) (financiado principalmente pelo Institut Français de Recherches Scientifiques pour le Développement em coopération, ORSTOM e pelo CNPq) quanto ao subprojeto Écologie de L´entomofaune associées aus podostemacées, nas páginas 18 a 35, os pesquisadores Py-Daniel,V. & Collart, O.O., apresentam primeiramente os resultados das coletas nas seguintes localidades: rio Pitinga (cachoeira 40 Ilhas, Travessão, Terceira queda), rio Urubu (Cachoeira Lindoia, Cachoeira Iracema), rio Uatumã (cachoeira Morena). Foram identificadas no rio Urubu (Cachoeira Lindoia), as seguintes espécies de simulídeos: Coscaroniellum quadrifidum, Coscaroniellum cauchense e Ectemnaspis rorotaense; e no rio Pitinga (Cachoeira 40 Ilhas) as espécies de simulídeos: Coscaroniellum quadrifidum, Coscaroniellum cauchense, Ectemnaspis rorotaense, Psilopelmia iracouboense, Cerqueirellum oyapockense e Thyrsopelma guianense. Py-Daniel, nas paginas 27-30 apresenta comentários sobre a entomofauna geral em Podostemaceae (Observations sur La systématique de l´entomofaune des podostémacées); nas paginas 30-31 apresenta comentários sobre as espécies encontradas nas cachoeiras estudadas nos rios Urubu e Pitinga (Considerations taxonomiques sur lês espèces de simulies trouvées a Urubu et Pitinga);    nas páginas 32-35 apresenta os resultados de um breve experimento (relativo a atividade hematofágia das fêmeas de T. guianense) feitos na Cachoeira 40 Ilhas, no Rio Pitinga [Analyse de L´activité de Thyrsopelma guianense (Diptera: Simuliidae: Culicomorpha) à Pitinga, 40 Ilhas.], sendo que este experimento (feito em 04.06.1994) demonstrou nitidamente que a atividade de picada para esta espécie foi bimodal (no inicio da manhã e no final da tarde), que foram coletadas proporções semelhantes entre nuliparas e pariparas (com uma leve predominância de pariparas [50ex. (45,45%) nuliparas e 60ex. (54,55%)]; e que a região corpórea (ser humano) preferencial de picada foi Perna/Pés (n=81 / 73,63%), seguida de Coxas (n=14 / 12,73%), de Tórax/Pescoço (n=13 / 11,82%) e Braços/Mãos (n=02 / 1,82%). Que nos períodos de maior atividade as condições climáticas apresentaram-se com nuvens ou chovendo. Que as variações térmicas no período de coleta foram entre 25 e 32 graus Célcius."


"Tavares,A.S.; Ericoni,A. & Collart, O.O. (1998) usando indevidamente os dados apresentados por Py-Daniel (no relatório de 1994) apresentam informações sobre os simulídeos associados as Podostemaceae coletadas no estudo: Rhyncholacis hydrocichorium (rio Urubu – Coscaroniellum quadrifidum, Coscaroniellum cauchense, Coscaroniellum sp. e Ectemnaspis rorotaense; rio Pitinga – Coscaroniellum quadrifidum, Coscariniellum sp., Psilopelmia iracouboense e Ectemnaspis rorotaense). Citam que em Mourera fluviatilis foram coletadas as espécies Psilopelmia iracouboense, Psaroniocompsa sp. e Cerqueirellum sp. Indicam que em Apinagia richardiana e Apinagia secundiflora foram coletados simulideos. Em Apinagia flexuosa foram coletadas as espécies: Psilopelmia iracouboense, Thyrsopelma guianense, Thyrsopelma sp., Cerqueirellum sp.  e  Psaroniocompsa sp.. Em Apinagia guyanensis foram coletados Cerqueirellum sp. e Psaroniocompsa sp.. Em Apinagia nitelloides foram coletas: Cerqueirellum oyapockense,  Coscaroniellum quadrifidum, Cerqueirellum argentiscutum e Cerqueirellum sp. Se observarmos a tabela 1, que representa a percentagem das principais ordens e famílias coletadas nas diferentes espécies de Podostemaceae, podemos observar que: 1. Que em 9 das 10 espécies de Podostemaceas coletas, a família Simuliidae foi a que apresentou maior densidade, sendo que na única que ficou como segundo lugar, apenas ficou abaixo para Chironomidae. Estes números quanto a ficar abaixo da densidade de Chironomidae (58,7%) podem ser duvidosos, sendo mais aceitável que na tabulação dos dados os números entre Chironomidae e Simuliidae (23,2%) tenham sido trocados, ou apenas refletirem as respostas da fauna para condições sazonais hídricas adversas (para Simuliidae). Foi observado que todas as Podostemaceas citadas apresentaram alta densidade de Simuliidae, independe dos locais coletados. As espécies de Podostemaceas citadas foram: Apinagia flexuosa, Apinagia guyanensis, Apinagia richardiana, Apinagia secundiflora, Apinagia nitelloides, Mourera fluviatilis, Rhyncholacis hydrocichorium, Rhyncholacis linearis, Marathrum squamosum."


"Segundo Odinezt Collart, O.& Jégu,M. & A.S.Tavares (1995) apresentaram o trabalho: Response of Podostemaceae aquatic biocenosis to environmental variability in Central Amazonian Waterfalls, na análise dos rios Pitinga e Uatumã, comentado que pelas descargas esporádicas os distúrbios ocasionados pela presença da hidroelétrica, afetaram a ictiofauna fitófaga, tendo em vista a nítida redução das comunidades de Podostemaceae no Pitinga e o total desaparecimento no rio Uatumã e com elas todas as associações entre peixes e insetos." Estes comentários convergem com os dados observados por Py-Daniel et al. (1999)


"Segundo Tavares,S.A. & Enriconi,A. (1995) apresentam o trabalho: Insectes Communites Associated with Aquatic Macrophytes Podostemaceae in Amazonian Waterfalls, e citando espécies de Podostemaceae para o Estado do Amapá: (Apinagia flexuosa e A. guyanensis) para o rio Amapa Grande, (A. batrachifolia, A. secundifolia e Mourera fluviatilis) para o rio Araguari; Citam que Ryncholacis hydrochorium foi estudada para os rios Pitinga e Urubu, como também que foram coletadas (Rhyncholacis nitelloides, R. linearis e Weddellina esquamulosa) no Rio Negro. Afirmam que o numero de ordens e famílias de insetos associados depende do hospedeiro, e que a ordem Diptera predominou em todas as comunidades de plantas, sendo Simuliidae a mais evidente, com 12 espécies identificadas. Comentam que o  tipo de interações bióticas entre os insetos e as podostemaceas hospedeiras varia dependendo do estágio de desenvolvimento da planta."


"Segundo Enriconi,A. & Odinetz Collart,O.(1995) apresentam o trabalho: Seasonal Dynamics of Insects Communities associated with the aquatic macrophyte Rhyncholacis hydrochorium (Podostemaceae) in Amazonian Waterfalls (Pitinga River, Brazil), e citam que estudaram uma cachoeira que fica nas origem do rio Pitinga, acima (50km) do reservatório, que Diptera predominou em todas as plantas submersas, que a abundancia de simulideos se manteve constante ao longo de todo o ano (40 a 60% dos espécimens). No trabalho integral, apresentado em Verh.Internat.Verein.Limnol (26):1083-1088, 1998, onde foi acrescido mais um autor e também a ordem dos mesmo foi trocada (Odinetx Collart,O & Enriconi,A. & A.S. Tavares),  informam que a o Diptera foi nitidamente dominante e que as famílias Simuliidae e Chironomidae contribuiram com 71% do total da fauna; que dentro material coletado nas podostemaceas, 48,44% dos simulideos estavam nas partes aquiaticas e que 29,0% na parte aérea; que dentro da abundancia relativa (em percentagem de freqüência) das famílias coletadas nas podostemaceas submersas, em seis coletas feitas em um periodo de um ano, Simuliidae representou: 51,13% (fevereiro-94), 48,53% (abril-94), 67,01% (junho-94), 52,0% (agosto-94), 53,32% (outubro-94) e 24,1% (janeiro-95)."


Já Py-Daniel et. al. (1999) em estudo desenvolvido nas áreas que abrangem o presente trabalho amplia e corrige algumas informações de propostas no trabalho de 1994: “Em todas as coletas feitas em áreas da região amazônica (p.ex.: rio Tapajós, rio Xingu, rio Oiapoque, rio Trombetas, rio Mapuera, rio Uatumã, rio Mucajai, rio Catrimani, rio Uraricoera, rio Auaris), com características não antropogênicas, os imaturos de T. guianense sempre foram coletados associados a este tipo de plantas (Podostemaceae)..."


Santos et al. (1997) em estudo sobre a alimentação de outra espécie de pacu (Mylesinus paraschomburgkii em diversas áreas do Escudo das Guianas, no Brasil, entre as quais uma das áreas estudadas neste trabalho (Pitinga) assinalam que esta espécie alimentasse basicamente de planta aquática rupestre (Podostemaceae), encontrada nas corredeiras, agregando a informação que os juvenis tendo como alimentação larvas de insetos associadas a estas plantas, e que no caso especifico da área do Pitinga, ocorreu uma nítida alteração na alimentação do adultos, que apresentaram uma alta freqüência de insetos. Eles sugerem que esta alteração pode estar associada as transformações ambientais hídricas causadas pela construção da hidroelétrica (tendo em vista a menor disponibilidade de corredeiras). Isto pode ser uma realidade, pois nos nossos estudos, encontramos uma nítida redução destas plantas, como também uma caracterização da disponibilidade dos imaturos de T. guianense (nitidamente especializados no substrato de Podostemaceae) de colonizarem outros substratos (troncos, pedras, e plantas marginais) como opção de manutenção dos seus estoques. Os autores apresentam uma comparação entre os diferentes itens alimentares encontrados na dieta do “pacu-cana”, a qual, para a ictiofauna encontrada no Pitinga, foi: (81,8% = Podostemaceae, 1,0 % = folhas alóctones, 1,0% = algas filamentosas, 15% = insetos, 0,7% = detritos).




AGRADECIMENTOS

Agradecemos a Dra. Lucia Helena Rapp Py-Daniel, ao Dr. Jansen Alfredo Sampaio Zuanon e ao Dr. Gerando Mendes dos Santos, pela cooperação na identificação da ictiofauna. Ao Dr. Jansen Fernandes de Medeiros (na época Mestre) pelo auxilio na estatística.


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